Justificativa


Atualmente, o mundo está vivenciando uma transformação em um ritmo nunca antes experimentado. Uma população crescente demandando por bens e serviços, numa escala ascendente, inserida num ecossistema finito, vem exigir da sociedade um maior grau de racionalização dos seus recursos em proveito de uma melhor redistribuição da riqueza, e de forma mais justa.

Antes, áreas do conhecimento tidas como independentes, estão agora, não apenas se tocando, mas transpondo suas fronteiras e levando ao surgimento de novas áreas do conhecimento humano. Mais do que uma mixagem, estamos testemunhando uma convergência de tecnologias.

Tal fenômeno está sendo vivenciado pelas áreas das Telecomunicações e Informática, gerando uma nova área que podemos chamar de Teleinformática. A sociedade da informação e da comunicação instala-se no mundo moderno de forma inexorável, exigindo do cidadão comum uma capacidade de adaptação cada vez mais rápida diante da impulsão dos vetores tecnológicos e ambientais, tanto no contexto pessoal e familiar, como no contexto profissional. As telecomunicações associadas à informática são os grandes responsáveis pela agilidade e integrabilidade do fluxo da informação, constituindo-se, portanto, em elemento fundamental para a garantia da comunicação segura e disponível entre os povos, induzindo-os ao desenvolvimento generalizado. O desenvolvimento tecnológico dos setores das telecomunicações e da informática, bem como o setor da teleinformática que os integra, alcançou nesta última década um nível de complexidade extremamente elevado, apontando para novas formas de relações que indicam fortemente uma melhor qualidade de vida para os povos em geral. No Brasil, os efeitos dessa nova eram são sentidos de diversas formas, tanto no âmbito social como no profissional. As oportunidades de trabalho nestes setores se multiplicam, fazendo surgir inclusive demandas reprimidas, onde o mercado de trabalho está ávido por mão de obra altamente qualificada, refletindo aqui a realidade mundial.

A racionalização dos bens e serviços neste novo campo requer um engenheiro com um perfil de formação profissional diferenciado do engenheiro de comunicações e do engenheiro de computação. Além da fusão das telecomunicações com a informática, a área de Teleinformática tem agregado à tecnologia negócios e serviços. O engenheiro de teleinformática deve, portanto, ser capaz de dominar as tecnologias pertinentes e ter uma compreensão integrada do mundo mercadológico, onde maior competitividade e melhor qualidade são objetos de uma busca contínua. Assim, a formação do engenheiro de teleinformática deve ser atendida pela criação de um curso de engenharia de teleinformática com estrutura curricular própria, e não como ênfase em cursos de engenharia elétrica, pois numa estrutura curricular comum, o aprofundamento de matérias de formação básica exigido pelas especificidades de cada uma das áreas, energia e teleinformática, fica prejudicado, e em muitos casos até mesmo inviabilizado.